CÂMARA MUNICIPAL DE
CORDEIROS

Aumenta taxa de desemprego em municípios atingidos pela seca

 03/07/2012 | ECONOMIA

 A seca que aflige mais de 60% do território baiano, atingindo municípios além do semiárido, já colocou 251 municípios em situação de emergência. As principais conseqüências do longo período de estiagem são as perdas na agricultura e na pecuária, o desemprego e o êxodo rural. Sem produção o desemprego cresce de forma alarmante.

Em Banzâe as taxas de desemprego sobem devido à falta de demanda, se não há produção agrícola não há oferta de trabalho e tanto na zona rural quanto na zona urbana o problema é o mesmo. O comércio também sofre com a diminuição de vendas e baixa movimentação, com isso também cresce a taxa de demissões no comércio de produtos e serviços.

As taxas de desemprego em Caem também crescem assustadoramente e já alcançam os 20% na zona rural devido à falta de trabalho na lavoura e na pecuária. A inadimplência no comércio também cresceu já que sem trabalho o dinheiro não circula.

O desemprego fez com que a inadimplência e o êxodo rural também aumentassem em Nova Soure, Urandi e Várzea da Roça, enfraquecendo dessa maneira o comércio local.

Em Planaltino o desemprego atinge tanto a cidade como o campo, faltando trabalho na zona urbana devido a dificuldades no abastecimento de água para a sua principal atividade que é a construção civil e na zona rural com mais de 95% da população sem trabalho.

Os pequenos e médios agricultores familiares não têm estoque de comida e nem recursos para compra de rações para os animais, dessa maneira as famílias começam a migrar para São Paulo e Minas Gerais para trabalhar no corte de cana-de-açúcar e na colheita do café, acarretando no tão conhecido êxodo rural no município de Queimadas.

Os reflexos econômicos da estiagem são a queda da renda do produtor, inadimplência e redução na circulação de recursos no comércio local, a população acaba incapaz de honrar os compromissos financeiros e tende a reduzir o consumo.

Com o aumento nas taxas de desemprego crescem as filas em busca de recursos e programas sociais do governo federal como o Bolsa Família para amenizar os problemas gerados pelo desemprego.